Do imaginário coletivo à vida real: depois da maternidade, onde fica a mulher que nos habita?

Do imaginário coletivo à vida real: depois da maternidade, onde fica a mulher que nos habita?

46 Minuten

Beschreibung

vor 5 Jahren
Aparentemente depois de se tornar mãe você vira planta. As pessoas
esperam que você se comporte como uma florzinha linda, bem
comportadinha no seu vasinho. Aquela plantinha que não dá trabalho,
que não fede nem cheira, que fica ali, servindo a todos com seu
título de planta / mãe. O imaginário coletivo é esse, que depois
que vira mãe a cidadã deixa de ser mulher. Mulher que gosta de ser
ela (seja ela como for). De beber, de sair, de fazer uma festinha
de vez em quando, de usar uma roupa sexy, de falar uns palavrões,
de dizer o que pensa, de discordar, de chorar, de errar, de ter uns
dates... Eu hein! Eu conto ou vocês contam? Ninguém avisou que
antes de nos tornarmos mães a gente já era muita coisa? Trazemos
uma bagagem própria, anos de experiências, profissão, desejos,
amores, dores... Depois que viramos mães a gente não ganha selo de
santidade não. Nos transformamos, estamos muito mais pra Fênix do
que pra planta. A gente já carrega tantas culpas na maternidade,
não deveríamos carregar mais essa, de superarmos as expectativas do
patriarcado. Qual é a conduta que se espera de uma mãe? No meu
ponto de vista a única coisa que ''devemos'' é dar amor
incondicional, suporte, educação. Ser exemplo. Mas o exemplo também
mora naquilo que foge a curva, nos ''erros'' que cometemos e usamos
pra educar, nas singularidades que nos tornam únicas. Não espere
nada de uma mãe. É injusto e incoerente. Deixa a mulher mãe ser /
fazer o que ela quiser meu amô. Quem é você na fila do pão? E se
não é mãe e quer cagar regra? Sinto lhe informar que tu tem um
total de ZERO permissão pra opinar.

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