Relacionamentos abusivos no exterior #3 - Gabriela

AVISO: este episódio pode despertar
gatilhos relacionados à relacionamentos abusivos e violência
doméstica. A voz da convidada, bem como sua identidade e outros
elementos da história, foram alterados para preservá-la.


A história que vocês vão acompanhar hoje faz parte de um projeto
especial aqui dentro do Let's Talk New York: relacionamentos
abusivos no exterior.  Nas próximas semanas, sempre em
domingos alternados, vocês vão escutar histórias de mulheres que
viveram histórias assim. 


Para o terceiro episódio dessa série, eu recebo a Gabriela*
Gabriela se mudou para uma grande cidade nos EUA para fazer um
curso em sua área. Não demorou muito para ela conhecer o James -
e também não demorou muito para eles morarem juntos. Com a
chegada da pandemia, alguns comportamentos de James tornaram-se
insustentáveis - mas demorou para Gabriela se dar conta de que
aquilo não era legal e aceitável. Os abusos cometidos por James
eram muito sutis - ao ponto que Gabriela chegou a acreditar que
"casamento era assim mesmo". Neste episódio, ela relata mais
dessa história - e como foi o processo de colocar um ponto final.


Sobre a ideia do projeto: desde que o
Facebook habilitou a ferramenta de post anônimo em grupos, as
pessoas começaram a se sentir confortáveis para pedir ajuda de
uma forma mais segura. E eu passei a ver inúmeros incontáveis
relatos em grupos de mulheres no exterior - elas estavam em
relacionamentos abusivos e muitas vezes elas nem sequer se davam
conta de que estavam numa situação assim. Foi quando eu tive a
ideia dessa série especial - trazer histórias de mulheres que
passaram por essas experiências - e que conseguiram sair
delas. 


Da mesma maneira que tantas histórias aqui no podcast já
inspiraram e ajudaram muita gente, eu espero que essas histórias
possam chegar em outras mulheres que estão vivendo algo similar e
não enxergam uma saída. Se esse trabalho ajudar uma mulher, já
vai ter valido a pena. Além disso, eu espero que essas histórias
possam gerar empatia num mundo tão machista que tende a culpar a
vítima por tudo. Paralelo a isso, eu espero que as histórias
possam servir de alerta para que a gente pare de romantizar
relacionamentos com estrangeiros e que a gente possa parar de
minimizar a dor do outro. 


Um adendo: esses episódios não terão versão
em vídeo, já que muitas das convidadas pediram para terem a
identidade preservada. 





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